- Jamerson Bezerra Lucena Antropólogo
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Experiência profissional
Membro da comissão organizadora do projeto: Sociedade, Cultura & Ambiente: Faces do Desenvolvimento Sustentável.
2017 - Atual
Escola de Altos Estudos - CapesArticulador dos povos indígenas da Paraíba: Potiguara e Tabajara.
Membro da comissão organizadora da 30ª Reunião Brasileira de Antropologia - RBA
2016 - Atual
Associação Brasileira de AntropologiaAuxiliar de assuntos relacionados a infraestrutura do evento
Estagiário
2010 - 2011
Funai Fundação Nacional do ÍndioDurante esse período fui estagiário na FUNAI de João Pessoa - PB, onde mantive um contato interétnico mais intenso com os indígenas Potiguara e Tabajara.
Formação acadêmica
Mestrado em Antropologia Social
2014 - 2016
Universidade Federal da Paraíba
Orientador: Ruth Henrique
Dissertação de mestrado em Antropologia Social intitulada "índio é índio onde quer que ele more" : uma etnografia sobre indígenas Potiguara que vivem na região metropolitana de João Pessoa. O objetivo desta dissertação é compreender as redes de relações sociais construídas por índios Potiguara na região metropolitana da cidade de João Pessoa, Paraíba, com o objetivo de interação na espacialidade urbana que envolve as cidades de Bayeux, Santa Rita e João Pessoa/PB, ocasionando contatos interétnicos com os mais diversos atores sociais, instituições de ensino e órgãos indigenistas, tais como a FUNAI e SESAI, cujas relações subsequentes geram articulações, desavenças, conflitos e também novas formas de interatividade. Nesses fluxos de pessoas entre a aldeia e cidade, os Potiguara deslocam-se de um local a outro de forma dinâmica, havendo uma cooperação em quem está na cidade e aldeia em consonância aos seus sentimentos de pertencimento, moral do reconhecimento, onde as fronteiras étnicas são acentuadas em determinadas situações. Os Potiguara trouxeram suas bagagens experienciais da aldeia e circulam pelas cidades, tecendo suas redes, através de seus parentes que estão “espalhados” em vários pontos do espaço urbano. E nessa relação, os laços de parentesco e amizade vão se fortalecendo e produzindo ramificações que extrapolam os limites da espacialidade urbana. E nessas interações proporcionadas pelas redes de relações sociais, a reciprocidade constitui-se como um elo unificador dos amigos, vizinhos e parentes, criando um processo contínuo de produção e reprodução dos materiais culturais que reverberam seus sentimentos de pertencimento. Este estudo está focado em dois casos empíricos que é o de Dona Maria das Neves Santana e de José Ciríaco Sobrinho (Capitão) que estão localizados em cidades circunvizinhas, a saber, Bayeux e João Pessoa, respectivamente. Estes dois casos serão trabalhados de modo intenso, aprofundado, buscando constituir suas redes de relações sociais. E suas chegadas são motivadas por circunstâncias distintas, no advento para constituir família e no outro caso a busca pelo trabalho para adquirir estabilidade financeira e consequentemente construir família. Além desses dois casos também concentrei minha atenção para as relações sociais de seis jovens indígenas Potiguara que estudam na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Graduação em Licenciatura Plena em Ciências Sociais
2013 - 2018
UFPB (Universidade Federal da Paraíba)
Orientador: Simone Magalhães Brito
“Aqui, nada é fácil: reafirmação da identidade e moralidade entre os Potiguara universitários. Este o título do trabalho monográfico defendido em 06 de agosto de 2018 na UFPB - João Pessoa. O referido trabalho tem o objetivo de compreender as relações sociais de jovens Potiguara universitários, tendo como norteamento o convívio destes na Universidade, focando na questão da reafirmação da identidade e moralidade no contexto estudantil. A sociabilidade desses jovens indígenas se faz presente diante de um processo de conquistas advindas das políticas públicas e Ações Afirmativas (Lei de Cotas) colaborando para um processo gradativo de inserção de grupos étnicos e pessoas de baixa renda no ensino superior de universidades públicas e privadas. Estas ações são decorrentes da esfera do direito constitucional, desembocando também no autorrrespeito. O acionamento dessas políticas públicas e, consequentemente, o ingresso desses jovens Potiguara na Universidade Federal da Paraíba acaba gerando um campo de luta por reconhecimento, atingindo a dimensão da moralidade. Dentro desse contexto, os Potiguara acabam criando redes de solidariedade étnica, como forma de proteção e campo de ajuda mútua na cidade de João Pessoa, Paraíba. O principal objetivo da rede de solidariedade no intuito de se proteger contra preconceitos raciais existentes na Universidade, além de poder reforçar seu sentimento de pertencimento étnico, fortalecendo também as “relações afetivas”. A circulação desses jovens Universidade produz contatos interétnicos, muitas vezes, harmoniosos, auxiliando e garantindo, de certa forma, a sua permanência temporária no espaço acadêmico. A metodologia seguiu uma abordagem de estudo de caso detalhado, observação participante com o objetivo de descrever dados etnográficos sobre esses jovens indígenas universitários presentes na UFPB.
Confirma a exclusão?