Jamerson Bezerra Lucena

Jamerson Bezerra Lucena

Antropólogo

João Pessoa, PB

Possui mestrado em Antropologia Social pelo PPGA/UFPB na área de etnologia indígena. O foco da pesquisa em Antropologia está voltado aos estudos sobre indígenas Potiguara que vivem em centros urbanos na região metropolitana de João Pessoa/PB e a formação de redes sociais que eles conseguem construir na espacialidade urbana e aldeias, onde mantém um fluxo constante. Possui graduação em Administração (2011) pelo Instituto de Educação Superior da Paraíba (IESP). Na área de administração o enfoque dos estudos foram voltados para a área de Mudança Organizacional na FUNAI de João Pessoa, onde foi estagiário no período de 2010 e 2011 nesse órgão indigenista. Na sua pesquisa de graduação atuou principalmente nos seguintes temas: Gestão Pública; Sociologia das organizações, e FUNAI. Atualmente defendeu seu trabalho monográfico em Ciências Sociais na UFPB (2018), focando na questão da "reafirmação da identidade e moralidade entre jovens indígenas Potiguara na Universidade". Participa também do Grupo de Estudos Território e Identidade - GETI que pertence ao PPGA/UFPB vinculado a Capes.

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Histórico profissional

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Experiência profissional

Membro da comissão organizadora do projeto: Sociedade, Cultura & Ambiente: Faces do Desenvolvimento Sustentável.

2017 - Atual

Escola de Altos Estudos - Capes

Articulador dos povos indígenas da Paraíba: Potiguara e Tabajara.

Membro da comissão organizadora da 30ª Reunião Brasileira de Antropologia - RBA

2016 - Atual

Associação Brasileira de Antropologia

Auxiliar de assuntos relacionados a infraestrutura do evento

Estagiário

2010 - 2011

Funai Fundação Nacional do Índio

Durante esse período fui estagiário na FUNAI de João Pessoa - PB, onde mantive um contato interétnico mais intenso com os indígenas Potiguara e Tabajara.

Acadêmico

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Formação acadêmica

Mestrado em Antropologia Social

2014 - 2016

Universidade Federal da Paraíba
Orientador: Ruth Henrique
Dissertação de mestrado em Antropologia Social intitulada "índio é índio onde quer que ele more" : uma etnografia sobre indígenas Potiguara que vivem na região metropolitana de João Pessoa. O objetivo desta dissertação é compreender as redes de relações sociais construídas por índios Potiguara na região metropolitana da cidade de João Pessoa, Paraíba, com o objetivo de interação na espacialidade urbana que envolve as cidades de Bayeux, Santa Rita e João Pessoa/PB, ocasionando contatos interétnicos com os mais diversos atores sociais, instituições de ensino e órgãos indigenistas, tais como a FUNAI e SESAI, cujas relações subsequentes geram articulações, desavenças, conflitos e também novas formas de interatividade. Nesses fluxos de pessoas entre a aldeia e cidade, os Potiguara deslocam-se de um local a outro de forma dinâmica, havendo uma cooperação em quem está na cidade e aldeia em consonância aos seus sentimentos de pertencimento, moral do reconhecimento, onde as fronteiras étnicas são acentuadas em determinadas situações. Os Potiguara trouxeram suas bagagens experienciais da aldeia e circulam pelas cidades, tecendo suas redes, através de seus parentes que estão “espalhados” em vários pontos do espaço urbano. E nessa relação, os laços de parentesco e amizade vão se fortalecendo e produzindo ramificações que extrapolam os limites da espacialidade urbana. E nessas interações proporcionadas pelas redes de relações sociais, a reciprocidade constitui-se como um elo unificador dos amigos, vizinhos e parentes, criando um processo contínuo de produção e reprodução dos materiais culturais que reverberam seus sentimentos de pertencimento. Este estudo está focado em dois casos empíricos que é o de Dona Maria das Neves Santana e de José Ciríaco Sobrinho (Capitão) que estão localizados em cidades circunvizinhas, a saber, Bayeux e João Pessoa, respectivamente. Estes dois casos serão trabalhados de modo intenso, aprofundado, buscando constituir suas redes de relações sociais. E suas chegadas são motivadas por circunstâncias distintas, no advento para constituir família e no outro caso a busca pelo trabalho para adquirir estabilidade financeira e consequentemente construir família. Além desses dois casos também concentrei minha atenção para as relações sociais de seis jovens indígenas Potiguara que estudam na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Graduação em Licenciatura Plena em Ciências Sociais

2013 - 2018

UFPB (Universidade Federal da Paraíba)
Orientador: Simone Magalhães Brito
“Aqui, nada é fácil: reafirmação da identidade e moralidade entre os Potiguara universitários. Este o título do trabalho monográfico defendido em 06 de agosto de 2018 na UFPB - João Pessoa. O referido trabalho tem o objetivo de compreender as relações sociais de jovens Potiguara universitários, tendo como norteamento o convívio destes na Universidade, focando na questão da reafirmação da identidade e moralidade no contexto estudantil. A sociabilidade desses jovens indígenas se faz presente diante de um processo de conquistas advindas das políticas públicas e Ações Afirmativas (Lei de Cotas) colaborando para um processo gradativo de inserção de grupos étnicos e pessoas de baixa renda no ensino superior de universidades públicas e privadas. Estas ações são decorrentes da esfera do direito constitucional, desembocando também no autorrrespeito. O acionamento dessas políticas públicas e, consequentemente, o ingresso desses jovens Potiguara na Universidade Federal da Paraíba acaba gerando um campo de luta por reconhecimento, atingindo a dimensão da moralidade. Dentro desse contexto, os Potiguara acabam criando redes de solidariedade étnica, como forma de proteção e campo de ajuda mútua na cidade de João Pessoa, Paraíba. O principal objetivo da rede de solidariedade no intuito de se proteger contra preconceitos raciais existentes na Universidade, além de poder reforçar seu sentimento de pertencimento étnico, fortalecendo também as “relações afetivas”. A circulação desses jovens Universidade produz contatos interétnicos, muitas vezes, harmoniosos, auxiliando e garantindo, de certa forma, a sua permanência temporária no espaço acadêmico. A metodologia seguiu uma abordagem de estudo de caso detalhado, observação participante com o objetivo de descrever dados etnográficos sobre esses jovens indígenas universitários presentes na UFPB.